Se você está com viagem marcada para Orlando, ou então programando uma, fique atento ao aumento da fiscalização da Receita Federal para voos internacionais, e saiba algumas coisas que vão mudar ainda esse ano.
Em 2015 muda a fiscalização da Receita Federal para voos internacionais |
Em 2012 já houve um aumento na fiscalização, que de olho na mala do brasileiro, tentou barrar produtos alegando proteção à indústria nacional. Os voos internacionais, sobretudo provenientes dos Estados Unidos, sempre foram os maiores alvos dessas inspeções.
Agora a receita está desenvolvendo um novo sistema de monitoramento de bagagens de passageiros vindos do exterior, que promete tornar mais rígida a fiscalização do desembarque dos voos internacionais.
Os fiscais da aduana receberão informações como o nome de cada passageiro que está desembarcando, a profissão que exerce, as viagens que fez nos últimos meses, quantas vezes, o peso da bagagem e a duração da viagem. Com isso, será possível identificar aqueles com maior probabilidade de terem ultrapassado o limite de isenção de US$ 500 para produtos comprados fora do país e trazidos na bagagem.
Segundo entrevistas concedidas, o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita, Ernani Checcucci, contou que o objetivo é tornar o trabalho de fiscalização mais eficiente, pois no momento do desembarque, a Receita já terá feito uma seleção prévia dos contribuintes que precisarão passar pela verificação de bagagens. O sistema ainda terá como parte da verificação, câmeras, que farão a comparação com a foto do passaporte, e com isso, o fisco tentará identificar também possíveis sonegadores de impostos e aqueles que possam estar envolvidos em lavagem de dinheiro e comércio ou transporte de mercadorias ilícitas, como drogas e armas.
Ainda segunda a receita, a implantação deste sistema possui também o objetivo de agilizar o desembarque dos outros passageiros, uma vez que apenas os que são considerados suspeitos deverão aguardar a revista dos pertences.
Isso tudo deve começar a ocorrer ainda nesse primeiro semestre de 2015. Diante deste quadro, o brasileiro que volta ao país com a mala cheia de compras, acima dos limites da cota, corre o risco de tomar um susto, e até perder suas mercadorias.
Fique atento também se for fazer o enxoval de bebê em Orlando, que é muito procurado por casais que planejam filhos devido à enorme variedade de produtos existente e com preços imbatíveis. Eles estão caindo na fiscalização e podem ser taxados caso passem da cota e a criança ainda não tenha nascido ou não esteja com os pais na viagem, pois assim não são considerados itens de uso pessoal.
Itens como enxoval de bebê passaram a ser mais fiscalizados |
Para não ser tributado, o valor das compras efetuadas no exterior não deverá ultrapassar os US$ 500,00 se for por via aérea ou marítima, e US$ 300,00 por via terrestre. Se você exceder o limite, é aplicada tributação sobre o valor excedente de 50%, caso o viajante tenha declarado os valores e produtos antecipadamente na declaração eletrônica de bens do viajante. Por exemplo, se o seu eletrônico custou 750 dólares, você paga o equivalente a 125 dólares (50% sobre o excedente de 250 dólares).
Se este processo de declaração não foi feito, e você for pego no raio-X você vai pagar 100% de multa sobre o excedente da cota dos US$ 500. O pagamento pode ser feito em cheque ou cartão de débito na agência bancária do aeroporto.
Fiscalização no desembarque dos voos internacionais |
Entre os itens que não fazem parte da lista de tributação mesmo que ultrapassem o limite, estão aqueles considerados de uso pessoal, como máquinas fotográficas, celulares e relógios, desde que o viajante esteja portando apenas um de cada e já tenha sido usado. Roupas, sapatos e cosméticos também não precisam ser declarados.
Outras informações:
- A Declaração de Saída Temporária de Bens foi extinta. Esse documento era emitido antes do embarque, a pedido do turista, para comprovar que ele já era dono dos equipamentos importados levados na viagem. Era a melhor forma de prevenir eventuais confusões na alfândega, como o fiscal da Receita alegar que o produto fora comprado naquela temporada no exterior;
- Para não correr o risco de pagar imposto por algo que você já tinha, leve a nota fiscal do equipamento;
- Se você não tiver o comprovante, melhor deixar o eletrônico em casa; essa regra não se aplica a produtos nacionais.
- Notebooks, iPads e filmadoras não estão isentos e entram na cota.
- Mesmo que os produtos fiquem dentro da cota, existe limites de quantidade máxima:
Bebida: 12 litros, mais 24 garrafas do Duty Free.
Cigarro: dez maços com 20 unidades cada do exterior, mais 20 maços do Duty Free.
Souvenires e pequenos presentes: 20 unidades de valor inferior a US$ 10,00 desde que não haja mais de do que 10 unidades idênticas
- Somente no free shop do aeroporto em que você desembarcar no Brasil (nos outros não), você tem direito a comprar US$ 500 além da cota, sem se importar se é eletrônico ou não, se é de uso pessoal ou não. É isso mesmo, você pode gastar sua cota de US$ 500 na viagem e mais US$ 500 no Free Shop! Essas compras serão acondicionadas em caixas próprias, com a nota colada pelo lado de fora, e passam direto pela alfândega.
Free Shop Brasileiro |
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